Um recomeço atribulado

Se há coisa que é de esperar em todos os inícios de mais um ano lectivo na Universidade é de confusão. Confusão com as inscrições, confusão com as praxes, confusão com os horários, confusão com as salas… No entanto, devo dizer que este ano as confusões foram ainda maiores, tudo devido ao tão falado e tão pouco esclarecido Processo de Bolonha. O ano lectivo 2007/2008 é o ano de todas as grandes alterações relativamente ao Processo de Bolonha, por ser o ano em que todos os cursos são definitivamente obrigados a aderir ao novo plano e também por ser o último ano em que vai ser possível para alguns estudantes acabarem os seus cursos no plano antigo.
As transições são por norma complicadas, mas esta transição em particular surpreendeu-me pelo elevado grau de complicação, não para aqueles que entram de fresco e encontram os seus cursos já reestruturados, mas sim para os que já cá estão e que se vêm completamente encurralados ao transitarem de um plano curricular antigo para um plano totalmente novo. “Em que disciplinas me devo inscrever?”, “Que equivalências entre disciplinas é que tenho direito?”, “O que é, afinal de contas, a orientação tutorial?”, são apenas algumas das dúvidas mais frequentes que eu ouvi neste início de ano lectivo. É facto que as sessões de esclarecimento para os estudantes sobre o Processo de Bolonha foram escassas e sem informação não se vai a lado nenhum, mas também me parece que como estudantes temos todo o direito de exigir esclarecimentos e de exigir sermos devidamente informados. Só não podemos ficar na letargia, à espera que nos venham esclarecer alguma coisa, porque isso só aconteceria num mundo utópico. Por isso, deixo aqui um pequeno incentivo: exijam informação, exijam esclarecimento! É um direito de todos nós!

Andreia Fidalgo

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